**Pensões para “Mortos Fictícios” no Exército Brasileiro: Um Debate Contínuo**

**Pensões para “Mortos Fictícios” no Exército Brasileiro: Um Debate Contínuo**
Publicado em 08/06/2024 às 17:12


## Introdução
O Exército Brasileiro destina mais de R$ 20 milhões por ano para o pagamento de pensões a familiares de 238 militares expulsos, conhecidos como “mortos fictícios”. Esses militares perderam seus postos e patentes devido a condenações judiciais por crimes ou infrações graves, mas suas famílias continuam a receber pensões. A figura jurídica do “morto fictício” foi criada durante a ditadura militar para garantir que esses familiares não ficassem desamparados após a expulsão dos militares.

## Argumentos a Favor
1. **Amparo às Famílias:** Defensores argumentam que essas pensões garantem apoio financeiro às famílias dos militares expulsos, independentemente das circunstâncias.
2. **Tradição e Compromisso:** Alguns veem essa prática como uma tradição e um compromisso moral do Exército em cuidar das famílias de seus membros, mesmo após a expulsão.
3. **Estabilidade Social:** Manter essas pensões pode contribuir para a estabilidade social, evitando situações de vulnerabilidade extrema para as famílias.

## Argumentos Contra
1. **Gastos Excessivos:** Críticos argumentam que os recursos destinados a essas pensões poderiam ser melhor utilizados em outras áreas, como saúde, educação ou infraestrutura.
2. **Privilégio Desnecessário:** Alguns veem essa prática como um privilégio desnecessário, especialmente quando se trata de militares expulsos por crimes graves.
3. **Falta de Transparência:** A falta de transparência sobre os critérios para manter essas pensões levanta preocupações sobre a justiça e a eficiência dos gastos públicos.

## Conclusão
O debate continua, e a sociedade busca um equilíbrio entre o amparo às famílias e a responsabilidade fiscal. A revisão desses benefícios é uma questão importante para garantir maior transparência e eficiência nos gastos com pessoal nas Forças Armadas.