Defensoria Pública recorre ao Tribunal de Justiça para que criança com TEA tenha tratamento adequado

Defensoria Pública recorre ao Tribunal de Justiça para que criança com TEA tenha tratamento adequado
Publicado em 08/10/2024 às 14:59

Autor(a): Gisele França/Comunicação DPE-TO

Após ter o pedido indeferido em primeira instância, a Defensoria Pública do Estado do Tocantins (CAS), por meio da 30ª Defensoria Pública do Estado do Tocantins – Central de Atendimento à Saúde (CAS), apelou ao Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) para que uma criança com transtorno do espectro autista (TEA) tenha a oferta imediata do tratamento multiprofissional.

Com sete anos de idade, o menino tem epilepsia hiperatividade intensa, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e crises compulsiva. “Devido à patologia ele tem atrasos na fala, uma série de comportamentos atípicos à idade e infância, como agitação psicomotora de alta intensidade, dificuldade de socialização, contato visual e expressão emocional, além de seletividade alimentar, marcha em ponta dos pés, hipersensibilidade auditiva, entre outras questões”, consta em trecho da Apelação.

Conforme apontado pela Defensoria Pública no recurso, para a melhora do quadro clínico da criança, os médicos indicaram terapias pelo método ABA, que inclui as especialidades de Fonoaudiologia, Terapia ocupacional e Psicoterapia.

Para o defensor público Arthur Pádua, que atua no caso em defesa da criança, o menino vem enfrentando uma espera indeterminada e injustificada pela rede pública para um tratamento digno e eficaz. “Infelizmente é uma criança que se encontra invisível a qualquer auxílio estatal e do da justiça”, destaca o Defensor Público.

“Tem sido uma espera cheia de angústia e esperança ao mesmo tempo. Sabemos que o tempo é crucial para o tratamento dos nossos filhos autistas e que cada dia que passa sem a resposta do Município e do Estado, parece que é um passo atrás na luta pela qualidade de vida, pelo desenvolvimento dos nossos filhos. Esperamos ansiosamente que a justiça reconheça a urgência e a importância de garantir esse tratamento para nossos filhos. Não é um privilégio, mas um direito à vida digna que qualquer ser humano tem”, destaca a mãe da criança.

Corregedoria

O Defensor Público oficiou a Corregedoria Geral de Justiça para que se averigue as negativas em primeira instância, resultando que inúmeras crianças com TEA continuem sem tratamento adequado.

Defensoria Pública do Estado do  Tocantins (DPE-TO)
Comunicação / Coordenação de Jornalismo

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